A previdência privada é uma forma de investimento que visa proporcionar uma renda complementar na aposentadoria ou em casos de invalidez. Além disso, pode ser utilizada como uma estratégia de planejamento sucessório, permitindo a transferência de parte do patrimônio aos herdeiros sem a necessidade de passar pelo processo de inventário.
O inventário, por sua vez, é o procedimento legal destinado a apurar os bens, direitos e dívidas deixados pelo falecido e distribuí-los entre os herdeiros. Esse processo pode ser demorado, burocrático e custoso, dependendo da complexidade e do valor do patrimônio envolvido. Neste processo há também a incidência do imposto sobre transmissão causa mortis e doação (ITCMD), cuja alíquota varia de acordo com o estado, podendo alcançar até 8% do valor dos bens.
Uma das vantagens da previdência privada é a sua exclusão do inventário, uma vez que não integra o patrimônio hereditário. Isso implica que os beneficiários designados pelo titular recebem os recursos diretamente da instituição financeira, sem a intervenção do judiciário ou de outros herdeiros. Portanto, o processo torna-se mais ágil, simples e econômico.
Além disso, a previdência privada não está sujeita ao ITCMD, pois não se configura como uma doação, mas sim como um contrato de seguro. No entanto, é importante observar as particularidades de cada estado, pois alguns podem tributar o valor recebido pelos beneficiários.
Outro ponto positivo é a flexibilidade dos planos PGBL e VGBL, que permitem ao participante alterar os beneficiários indicados a qualquer momento. Em caso de falecimento do titular durante o período de acumulação, o pagamento do saldo é efetuado diretamente pela seguradora aos beneficiários previamente indicados no plano. Na ausência dessas indicações, o pagamento segue a legislação vigente. Portanto, é fundamental manter os dados da apólice sempre atualizados.
Para esse plano é essencial acompanhar a rentabilidade e os custos dos planos de previdência privada, pois esses fatores podem impactar o montante final recebido pelos beneficiários. Recomenda-se a análise das taxas de administração, carregamento e resgate cobradas pelas instituições financeiras, bem como a avaliação das opções de fundos disponíveis para alocar os recursos. Esse cuidado contribui para uma escolha mais consciente e adequada ao seu perfil de investidor.